quarta-feira, 18 de março de 2009

A crise e as empresas!


A caminho do aeroporto, ouvi na CBN que a Embraer demitiu quatro mil pessoas por causa da crise mundial. Isso mexeu comigo e me fez pensar: não entendo como o cenário de uma empresa que vem obtendo sucesso por tantos anos muda tão bruscamente. Será que esta empresa não tinha um plano B?


Os economistas sempre avisam que todos nós precisamos ter uma vida financeira saudável, que nunca devemos gastar mais do que ganhamos, que é preciso guardar um pouco, para qualquer problema que possa surgir. Será que as empresas não fazem isso?


Quando uma empresa toma a decisão de demitir, pesa no bolso do Governo, que têm que pagar os direitos dos trabalhadores que foram contratados pela CLT, como seguro desemprego, por exemplo.


Imaginamos, então, que uma empresa X trabalhe anos num determinado seguimento. Ela é a primeira do ranking de vendas. Mas basta que se fale em crise que esta mesma empresa, que durante muitos anos ganhou dinheiro, simplesmente anuncia que vai demitir funcionários. Será que ela não guardou dinheiro para os momentos de crise?


Na minha humilde opinião, acho que devem ter dinheiro guardado sim, mas preferem mandar seus funcionários embora a mexer nessa grana.

Vamos analisar, lembrando o que disse sobre os empréstimos que as empresas pegam com o Governo.
Este dinheiro com certeza vai retornar, se o Governo emprestar para as empresas .
Porém, se as empresas demitirem funcionários, o Governo precisa pagar os direitos de cada um, como Auxilio desemprego e FGTS. Isto é, esse dinheiro não tem volta.

Com isso, a empresa que pede dinheiro emprestado para o Governo alega que sem esse dinheiro, será obrigada a demitir. Moral da história: Governo procura negociar com as empresas porque é melhor emprestar do que pagar.

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